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O Primeiro Músico Profissional com Síndrome de Down: Eduardo Gontijo.

  • queirasermais
  • 9 de jun. de 2016
  • 3 min de leitura

Além de Palestrante, Eduardo Gontijo é o primeiro músico Profissional com Síndrome de Down no Brasil, o “Dudu do cavaco”. Ele já participou de vários programas de televisão (inclusive da Xuxa e da Fátima Bernardes), tocou com os Inimigos de HP, Arlindo Cruz, César Menotti e Fabiano, abertura do show do Jota Quest em Belo Horizonte e muito mais!

O entrevistado do “Queira ser mais” é um verdadeiro exemplo de talento, resiliência, dedicação e principalmente amor!

O irmão do Dudu, Leonardo Gontijo é tão apaixonado por ele que desenvolveu em sua homenagem o Projeto “Mano Down”, que além de livro é um Instituto (para saber mais: http://www.manodown.com.br ).

Depois do livro “Mano Down - relatos de um irmão apaixonado", Leonardo escreveu os livros: “Quer saber? Eu quero contar – aprendizado e lições da Síndrome de Down” e “Não importa a pergunta: a resposta é o amor”.

Segue abaixo o depoimento do próprio Leonardo Gontijo:

“Quando meu irmão nasceu, e desde a primeira troca de olhares, parece que ele me dizia com um brilho nos olhos: “Acredite em mim, não veja a síndrome, me veja como um ser humano.” Acreditar foi fundamental! Aquela troca de olhares mudou a minha vida. Tirou-me a invisibilidade social e me mostrou o quanto eu era limitado, seletivo e preconceituoso. A partir dali, mergulhei a fundo no coração do meu irmão e, entendi o que é amar.

Falo sempre que foi nas curvas da vida que aprendi a amar e principalmente com o olhar do meu irmão, que mudou minha vida. Desde então, passei a aprender e acreditar nas diferenças. Percebi que estimular e acreditar no meu irmão era a maior arma contra olhares discriminatórios e crenças de que as pessoas com down são incapazes.

O primeiro passo dentro desse “processo de coaching” que faço com meu irmão foi olhar a potencialidade dele, sua eficiência, suas habilidades e não a deficiência. Descobri que ele aprendia muito por imitação e desde de novo nossa família buscou sempre inserí-lo em todos os ambientes, levá-lo para todas as esferas sociais possíveis.

Jamais tratei meu irmão como café com leite ou como carta branca. Percebi que todo ser humano precisa ter sonhos e com meu irmão não seria diferente”.

Entrevista com Eduardo Gontijo, o “Dudu do Cavaco”:

“Eu comecei a tocar cavaquinho vendo meu primo Igor, fui observando a mão dele e eu quis saber cada vez mais sobre o cavaquinho, hoje eu vivo da música e amo o que eu faço. Eu malho, ensaio todos os dia, faço aula de cavaquinho com 2 professores, faço aula de percussão, também toco sete instrumentos que são: cavaquinho, banjo, pandeiro, repique, surdo, ganzá e tamborim

Eu adoro fazer shows e palestras pelo Mano Down e além disso participo de 2 bandas: a primeira se chama Trem dos Onze que são onze pessoas, a outra é a minha própria banda que chama “Dudu Do Cavaco” e possui seis integrantes. Começamos num estúdio de gravação aqui em Belo Horizonte, chamado “ Na Trilha” e já gravamos um DVD, além disso, tenho o meu documentário que se chama “No Compasso Do Amor “, que é o livro “Mano down- relatos de um irmão apaixonado, que se transformou em filme”.

“Eu tenho uma namorada, o nome dela é Fernanda Honorato. Ela é a primeira repórter com Síndrome de Down no Brasil e rainha de bateria da escola de samba que chama “Embaixadores da Alegria”, eu toco repique nessa escola há cinco anos. Ela também é musa da Portela, mora no Rio de Janeiro e tem 35 anos. Já eu moro em Belo Horizonte, mas conversamos muito pelo whatsapp, em julho eu vou visita-la”.

A agenda do Dudu é cheia! Além dos ensaios, shows, academia, visitas para Fernanda no Rio de Janeiro, ele comparecerá ao lançamento do livro “Não importa a pergunta – a resposta é o amor” será lançando em junho em São Paulo. Depois disso, Dudu vai para Maceió fazer um show e participar de um “jantar chique” (segundo as palavras do mesmo)!

“Compreender é muito mais que aceitar. É acreditar que todo ser humano é limitado, independentemente de ter uma deficiência ou não, e que todos temos um potencial a ser descoberto. Para isso, precisamos antes de tudo, de amor e acreditar no potencial de todos os seres humanos”. (Leonardo Gontijo)

“É muito bom aprender as coisas que fazem parte da vida e também aprender a lidar com pessoas diferentes. Tem que ter muita disciplina para fazer as coisas bem feitas. As pessoas com Síndrome de Down, também são normais, afinal, cada um tem seu jeito de ser. Todo mundo tem dificuldades e limitações, só não pode extrapolar demais, temos que fazer as coisas que fazem bem para nós e para o grupo”. (Eduardo Gontijo)


 
 
 

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